quinta-feira, novembro 06, 2008

Vestígios de amor intenso

Sob a sombra do fantasma repouso meu cenho ardido.
Demando-me, às ordens da lembrança
dum passado célebre que secou-se em lágrimas,
as alegrias dum amor diurno que anoiteçeu-se em suicídio.

Tenho n'alma as certezas das nuvens
que nunca sussurram as próximas faces ou prantos.
Não sou eu que me vento,
sou alma sozinha colhendo meu próprio tempo.

8 comentários:

Joana disse...

esse pranto é eterno
mas está sempre mergulhado no grande mar da felicidade...
e essas nuvens certas que vemos têm na alma o sol que as ilumina.
vestígios são simplesmente feixes de luz.
:)

Igor Machado disse...

Joana, você é sorriso em palavras!

Anônimo disse...

Igor,
Vc é um poeta do seu tempo,aliás um belíssimo Vate ! Discorre as suas idéias tais quais o bonito cânticos dos sabiás.Vc é um poeta também do meu tempo e de todos os tempos e têmperas, alhures e algures ! Teamosempremais.Gilberto Braga Machado . Salve "Vestigio de um amor intenso" !!! Muito tudo !

Mariana Botelho disse...

você usa muito bem as palavras.
pinta um quadro.

muito bom mesmo!

Adrianna Coelho disse...


às vezes nuvens não se derramam
e guardam o segredo da chuva
numa certeza interior...

gostei dos seus vestígios!

Igor Machado disse...

Mariana, me encanta tua apreciação. Sabe teu público, falando dos versos como quadros! Adorei

Obrigado mesmo!

Igor Machado disse...

Pavitra, vc e tua inesgotável capacidade de se fazer entender tão plenamente de forma tão enigmática.

Me chove daqueles sentidos que não se podem olhar muito de perto.

É melhor ficar e deixar-se molhar!

Lucia São Thiago disse...

"Não sou eu que me vento, sou alma sozinha colhendo meu próprio tempo". O grande amor se torna um grande amar.