segunda-feira, julho 20, 2009

Das margens das almas

Mulher, de carne e idéia,

menina de fogo duro e quebradiço,

ofendes tua casca madura

com teu seio verde e prematura angústia.


Misteriosa!, quando nos ocultamentos belos;

Esquiva, esconde-se em sinceros receios.

O trem parte vermelho e faz as horas azuis

Descobre o mundo com leveza de interior bruto.


Os trilhos dividem as margens das almas,

o vento lapida as arestas cortantes.

O tempo cria, dos dormentes, música;

e do ferro, faz um grande laço.