quinta-feira, novembro 23, 2006

Uma profunda tristeza

Uma profunda tristeza
num buraco, com fundura dura
maior que meu braço, ora —
maior que meu esquálido corpo
a tristeza, como solo fértil de meu espírito
dando os nutrientes, me fazendo vivo.

Esse sou eu, hoje que sinto
ontem não senti, no entanto.
hoje assim, será um eu
definitivo?
meu núcleo vivo, áspero e ríspido
gera meu amor, triste e lindo
sem juízo, dum lado proutro
não me viro —
no meio, porém, não me sinto —
Tendo prum lado. O outro,
admiro.

Um comentário:

Borbuleta disse...

http://taty-marques.blogspot.com/