Nada será inteiro para o homem
pois os sentidos nada capturam.
Tudo que existe são coisas que somem.
Meus olhos não tem mãos,
nada agarram.
Minha pele sente.
Depois saudade.
A memória é pista do meu eu.
Sussurra-me à noite:
És toda tua vida, além de hoje.
É um passáro de muitas faces
que entrega-me diários rasgados.
Com estranheza reconheço neles
a história dos meus passos.
As páginas lembram-me no amanhecer
sou amante ou amado
ou triste ou enraizado.
Memória é um belo espelho de estilhaços.
Tudo que é vivo é fragmentado.
Pois o que fica é somente o movimento
lembrado.
Os conflitos
Há um ano
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