Navego num mar de alva pele
onde as ondas rebentam ocultas.
Qual será teu segredo, meu oceano amarelo?
Entrega teu vento, inteira!
Os lábios, deixe-os serem somente boca;
a matéria da paixão é vermelha e os queima:
seu caldo escorre fervente,
seu cheiro apalpa as narinas com descontrole,
seu toque é ingênuo e arde.
Sem temer a dor,
minha marcada pele compreende:
ser vulnerável é ser humano e estar vivo.
Não ama aquele que não fere.
Tampouco quem nunca foi ferido.
Por tua adaga não nutro medo.
Erga-a alto, portanto.
Pois poupar é trair —
Vem,
sai do azul, e me tira também;
colore tudo vermelho,
meu oceano branco!
Os conflitos
Há um ano
3 comentários:
uma odisséia colorida!
hummmm.... vermelho... gostei dos versos e dos desenhos...
uma odisséia...
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